Após erro da Justiça do Paraná, jornalista Leonardo Sakamoto é abordado pela PM no lugar de mulher condenada por homicídio

  • 17/06/2025
(Foto: Reprodução)
CPF do jornalista foi colocado erroneamente em um mandado de prisão expedido contra a mulher em Nova Esperança, no Paraná. TJ-PR disse que está apurando motivo do erro. Polícia Civil (PC-PR) abriu um inquérito para investigar o caso. Jornalista Leonardo Sakamoto foi abordado duas vezes pela Polícia Militar por causa do erro. Redes sociais Após um erro da Justiça do Paraná, o jornalista Leonardo Sakamoto foi abordado pela Polícia Militar de São Paulo no lugar de uma mulher condenada por homicídio em Nova Esperança, no norte do estado. Isso aconteceu porque o Cadastro de Pessoa Física (CPF) que constava no mandado de prisão da mulher era, na verdade, o do jornalista. O mandado foi expedido no dia 3 de junho e a mulher foi condenada a 9 anos, dois meses e quatro dias de prisão. O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) informou que está apurando o que causou o erro. A Polícia Civil (PC-PR) também instaurou um inquérito para investigar o caso. Saiba mais abaixo. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Em entrevista ao g1, o jornalista Leonardo Sakamoto disse que no dia 7 de junho foi abordado duas vezes pela Polícia Militar de São Paulo, devido ao mandado de prisão expedido com o CPF dele. Em ambas, ele conta que teve armas apontadas na direção dele, sendo que, na segunda abordagem, os PMs estavam armados com fuzis. "Infelizmente o que aconteceu comigo pode acontecer com outras pessoas. Isso é extremamente assustador. Eu estive na mira de fuzil, poderia ter acontecido o pior, uma tragédia. Tudo isso por conta da Justiça não checar um número de documento", afirmou Sakamoto. Ele explicou que as câmeras de monitoramento da capital paulista são interligadas ao sistema da Polícia Militar e, por isso, quando placas de carros ligadas a CPFs que tenham algum mandado de prisão em aberto são flagradas, o sistema de inteligência é acionado. Nas duas vezes em que foi abordado, Sakamoto estava dirigindo pela rua da Consolação e pela avenida Duque de Caxias, ambas na região central de São Paulo. Durante a verificação dos dados, os agentes constataram que as demais informações do alvo do mandado não batiam com as do jornalista e, por isso, ele foi liberado. Em contato com advogados, Sakamoto relatou a situação e eles descobriram que o erro tinha sido cometido pela Vara Criminal de Nova Esperança, no Paraná. De acordo com o jornalista, o número do CPF da mulher de 27 anos - que era o verdadeiro alvo do mandado de prisão - não é nem próximo do número do documento dele. Ele informou que, após tomar conhecimento da situação, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que corrigiu o erro. Em nota, o TJ-PR disse que "o CPF mencionado no mandado de prisão expedido pela Vara Criminal de Nova Esperança foi informado pela ré, em 2017, numa situação em que foi presa em flagrante". Depois, segundo a Justiça do Paraná, o cadastro dela foi atualizado com o número correto e ela foi solta. O Tribunal informou que o cadastro da mulher no sistema da justiça continuou o mesmo desde quando a correção do número de CPF foi feita. E por isso o TJ-PR está apurando o que provocou o erro no número do documento neste novo caso em que a mulher é envolvida. "O TJPR está apurando os motivos pelos quais o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisão (BNMP) recebeu a informação incorreta e tomará todas as medidas necessárias. A correção dos dados no BNMP foi realizada imediatamente assim que o erro foi identificado", informou. O g1 também entrou em contato com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que se pronunciasse sobre o caso, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. LEIA TAMBÉM: Investigação: Polícia descobre que suspeito de matar adolescente grávida usava nome falso e já era foragido por matar três parentes Tragédia: Pai, mãe e filha morrem em acidente voltando de jantar do Dia dos Namorados Curitiba: Foragidos por mais de um ano, ex-vereadora e marido são presos por 'rachadinha' Polícia Civil do Paraná instaurou um inquérito para apurar o caso O delegado Diego Troncha, da delegacia de Nova Esperança, instaurou inquérito policial para apurar o erro no mandado de prisão e saber o que provocou a troca do CPF da mulher condenada pelo de Sakamoto. "A investigação teve início após o jornalista relatar que foi abordado pela Polícia Militar em São Paulo em razão de constar em sistemas policiais um mandado de prisão em aberto contra seu nome, o que se deu após erro no registro do CPF da procurada que foi substituído pelo número pertencente ao comunicador", explicou o delegado. Troncha explicou que no documento judicial estavam os dados corretos da mulher, como fotografia, nome completo, filiação e número de RG. Contudo, o CPF registrado era o de Sakamoto e isso fez com que ele fosse abordado pela PM, devido ao mandado ser inserido nos sistemas nacionais. Para entender a situação, o delegado informou que intimou a mulher condenada, técnicos da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), os policiais que fizeram a prisão da mulher e servidores do TJ-PR. O inquérito está sob sigilo de Justiça. "A Polícia Civil reitera seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos de modo a resguardar direitos fundamentais evitar novas ocorrências e responsabilizar eventuais autores do erro que expôs o jornalista a risco e constrangimento ilegítimos", disse o delegado. Tribunal de Justiça do Paraná disse que está apurando o que causou o erro. RPC VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais em g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/06/17/apos-erro-da-justica-do-parana-jornalista-leonardo-sakamoto-e-abordado-pela-pm-no-lugar-de-mulher-condenada-por-homicidio.ghtml


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